São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Vôlei tenta hoje vaga na semifinal da Liga Mundial

SÉRGIO KRASELIS
ENVIADO ESPECIAL A TURIM

Brasil e Itália fazem hoje às 20h (15h de Brasília) no Palácio dos Esportes de Turim o jogo mais tenso das quartas-de-final da Liga Mundial Masculina de Vôlei.
Uma vitória garante a vaga da seleção brasileira na semifinal. Se perder, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, que busca o bicampeonato no torneio, tenta obter a vaga contra Cuba na quinta-feira, no mesmo local e horário.
A rivalidade entre brasileiros e italianos, acirrada com a conquista do tetracampeonato de futebol pelo Brasil na Copa do Mundo dos EUA, pode ser medida pelo mistério que os técnicos fazem sobre a escalação das duas equipes.
Ontem pela manhã, Zé Roberto testou a provável formação do Brasil. A novidade pode ser a entrada do atacante Gílson no lugar do titular Marcelo Negrão.
O jogador voltou a sentir o ombro direito em razão de uma tendinite e pode desfalcar a equipe na partida de hoje.
"Se ele não melhorar, Gílson deve jogar", admitiu, ao final do treino, o técnico brasileiro. Carlão começou a sentir sintomas de uma gripe forte, mas deve atuar contra os italianos.
A tática a ser adotada na partida é mantida em segredo por Zé Roberto. "Um jogo como este se resolve na quadra. É um jogo de muitos detalhes", afirma.
A seleção demonstrou certo cansaço com a atribulada viagem até a Itália, quando a greve dos operadores de vôo franceses obrigou o aviáo do time a fazer escala em Argel. De Madri a Turim, a viagem durou 10 horas.
No treino feito ontem de manhã, Zé Roberto centrou forças no passe e saque, além de ter trabalhado o contra-ataque. Para ele, a saída de Pasinato do time italiano não vai modificar muito sua estratégia na partida.
"A Itália tem muitas opções em seu banco de reservas e pode nos reservar uma surpresa. Precisamos estar atentos", avisa o treinador brasileiro.
Já o argentino Julio Velasco, técnico da Itália, aposta no bloqueio de Gravina para conter o ataque brasileiro.
Depois de amargar o banco de reservas, Gravina ganhou a vaga entre os titulares com a contusão de Pasinato.
Reserva de Giani, que foi deslocado para a posição de Pasinato, Gravina admite que está feliz com a entrada na equipe.
"É lógico que é melhor estar na quadra do que no banco. Mas acho que a mudança aconteceu não só porque Pasinato se machucou e sim porque melhorei e trabalhei muito", diz o jogador.
Em Turim, ainda não se vive o clima da partida. A cidade, vazia nessa época do ano devido às férias de julho, ainda parece se ressentir da final do Mundial nos EUA (leia texto nesta página).
Segundo os organizadores da fase final da Liga, ainda existem muitos ingressos para os "tiffosi" lotarem os 6 mil lugares do bonito ginásio onde acontece o encontro de hoje.
Uma vitória nessa fase da Liga Mundial garante dois pontos ao vencedor e um para o perdedor.
O Brasil é visto como favorito para a partida pela campanha na fase classificatória: venceu todos os 12 jogos, com 36 sets a favor e apenas três sets contra, sendo o único time invicto da competição. A Holanda, que hoje enfrenta a Bulgária, teve a segunda melhor campanha do torneio e deve vencer a partida.
O outro jogo que completa a rodada reúne as seleções de Cuba e Rússia. A final da Liga Mundial será no dia 30, em Milão.

NATV
Globo e Bandeirantes, ao vivo, às 15h

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