São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994
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Um quarto dos idosos toma drogas indevidas, diz estudo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um a cada quatro idosos dos EUA pode estar recebendo medicação imprópria, segundo estudo na revista da Associação Medica Americana ("Jama") de hoje.
"Quase um quarto (23,5%) de todas as pessoas com 65 anos ou mais, ou 6,64 milhões de pessoas receberam pelo menos uma droga inadequada", escreveram os autores do estudo.
Além disso, 28,7% dos que tomaram remédios receberam pelo menos uma droga potencialmente inadequada, dizem os pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) e do Departamento de Saúde Vitoriano (Austrália).
Eles basearam parte das conclusões em uma pesquisa de 1987 com 6.171 pessoas.
Apesar de terem recolhido as informações em 1987,os cientistas concluíram que os padrões examinados para a maioria das drogas não mudaram desde então.
Entre as vinte drogas consideradas inadequadas, os pesquisadores incluíram as que provocavam sono durante o dia, as que aumentavam os riscos de desmaio e as que afetavam a função cerebral.
Segundo uma equipe de 13 especialistas, essas drogas devem ser evitadas por causa de seus efeitos em idosos.
Os pesquisadores afirmam que eles foram receitados mais de 65 milhões de vezes em 1992.
Para eles, esse numero ainda pode ter subestimado a real taxa de receitas de drogas inadequadas.
"Não levamos em conta dosagem ou duração excessiva,interação com outros medicamentos ou uso de drogas úteis em situações clínicas inadequadas", escreveram.
Um editorial na revista diz que o estudo confirma preocupações médicas sobre a prescrição de tratamento a idosos.
"Os critérios usados para avaliar os padrões de prescrição precisam ser continuamente atualizados com base na literatura médica mais recente", diz o editorial.
AIDS
Pesquisadores japoneses estão desenvolvendo com uma equipe australiana um método de combater a Aids através da injeção nos pacientes de suas próprias células de defesa (linfócitos),extraídas quando a doença está em fase inicial.
Segundo os ciêntistas da Universidade de Osaka (Japão) e da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), o procedimento conseguiu restabelecer as defesas de pelo menos um paciente.

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