São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994
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Mãe de francês que sequestrou a filha diz que não o vê há 5 meses

ANDRÉ LAHOZ
DE PARIS

A família de Joel Gaget, o francês que há seis meses sequestrou a filha Natasha, 6, diz não saber de seu paradeiro.
A mãe de Natasha, a brasileira Conceição de Britto Gonzalez, 35, se separou de Gaget e ganhou a guarda da menina por decisão da juíza Marie Lacroix, de Lyon (França).
O francês, após a decisão, foi até a escola da menina, em Oullins, e desapareceu com ela.
Gaget foi condenado a um ano de prisão por esse ato. No entanto, continua foragido.
O irmão de Gaget, Max, disse não ter idéia de seu paradeiro. "Faz dois anos que não o vejo."
Segundo ele, o relacionamento com o irmão sempre foi limitado. Disse só conhecer a sobrinha por foto, e não quis comentar o caso.
"Fiquei sabendo de tudo por minha mãe, não estou por dentro do que se passou."
A mãe chorou durante todo o tempo que falou à Folha. "É uma grande agonia para mim tudo isso", afirmou. "Me sinto privada de meu filho e da minha neta, pois há meses que não os vejo."
Ela disse que encontrou o filho em fevereiro, e desde então não fala com ele nem por telefone.
Ela afirma que "Natasha é brasileira, mas é também francesa. Por que ela deve ficar no Brasil?"
Segundo ela, a criança não queria ir para o Brasil. Acha que Conceição deveria morar na França. "O que meu filho iria fazer no Brasil? Se ela quer ficar no Brasil, deveria se casar com um brasileiro, e não com um francês."
O advogado de Gaget, Jean-Louis Abad, não quis dar nenhuma declaração à Folha.

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