São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 1994 |
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Estudo da doença de Chagas no AM pode ajudar a desenvolver vacina
ANDRÉ LOZANO
Segundo o coordenador do escritório da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas (Fiocruz) – inaugurado anteontem em Manaus (AM)–, Marcos Barros, estudos de cinco casos de pessoas portadoras do parasita (Trypanosoma cruzi) domonstraram que elas não desenvolveram a doença. "Isto significa que a linhagem (tipo) do parasita existente na Amazônia pode produzir imunidade. Se comprovarmos isso, passaremos a estudar a possibilidade de uma vacina a partir desse parasita", afirmou. Barros disse que a doença de Chagas transmitida pelo inseto barbeiro no Amazonas é "menos agressiva" do que em outras regiões do país. "Os efeitos da doença são mais brandos." O coordenador da Fiocruz disse que os casos da doença no Amazonas estão sendo estudados no médio e alto Rio Negro sob a coordenação do pesquisador José Rodrigues Coura, em parceria com a Universidade do Amazonas e com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Na próxima semana, pesquisadores das três instituições irão a Barcelos (800 km de Manaus) para realizar um levantamento sorológico dos insetos transmissores e de possíveis animais contaminados. "O Amazonas, principalmente a região de Barcelos, oferece uma potencialidade para o desenvolvimento da vacina, mas isso vai depender ainda de muitos estudos", afirmou Barros. Texto Anterior: Veja a lista dos 200 aprovados no exame da Fundação Getúlio Vargas Próximo Texto: Problema nos rins agrava estado de saúde de Mussum Índice |
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