São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994
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AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Usuários de drogas injetáveis de cinco cidades brasileiras começam a ser entrevistados e examinados na próxima semana. São 1.400 dependentes que responderão a um longo questionário e passarão por exames de saúde, entre eles o teste HIV.
O Projeto Brasil, como foi batizado, faz parte de um amplo programa de prevenção do HIV entre usuários de drogas coordenado pelo Ministério da Saúde e co-financiado pelas Nações Unidas. O programa total se estenderá por quatro anos e custará US$ 9,28 milhões.
O Projeto Brasil é coordenado pela médica Regina Bueno, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Aids de Santos (Iepas). Participam do levantamento usuários de Santos, Rio de Janeiro, Campo Grande, Itajaí e Salvador.
O objetivo é estudar comportamento e a soroprevalência –porcentagem de infectados– entre dependentes de drogas injetáveis de diferentes regiões do país.
Os detalhes do projeto estão sendo definidos por técnicos do Iepas com a participação do especialista norte-americano Samuel Friedman. Segundo Lair Guerra de Macedo, da coordenação de Aids do Ministério da Saúde, este é um dos 15 projetos ligados à prevenção do HIV entre usuários de drogas.
Um segundo projeto-piloto começará ainda este ano a distribuição de seringas entre dependentes de cinco cidades brasileiras.
Na próxima segunda-feira, o Conselho Federal de Entorpecentes se reúne para avaliar a legalidade do projeto e se é ou não adequado à realidade do país.
(AB)

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