São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994
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Carne de primeira sobe 20% em real

DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor está pagando 20% mais caro pela carne de primeira neste mês. Já a carne de segunda subiu 15%, de 1º de julho até ontem, segundo o Sindicato dos Varejistas de Carnes Frescas do Estado de São Paulo.
Os preços no varejo foram puxados pela subida da cotação do boi no campo, com a antecipação do começo da entressafra (período de queda na oferta).
Desde a troca de moedas, a arroba do boi gordo (15 kg) registrou alta de 11,4%. Ontem, o produto estava cotado a R$ 24,5 por arroba em São Paulo, segundo o Sindipec (Sindicato Nacional dos Pecuaristas de Gado de Corte).
A previsão dos pecuaristas é de que os preços continuem a trajetória de alta até a entrada no mercado do gado confinado, prevista para a segunda semana de agosto.
"A arroba deve chegar a R$ 25 na próxima semana", prevê Victor Abou Nehmi, vice-presidente do Sindipec. Em suas contas, esse valor, em dólar, é 3,6% maior comparado a igual período do ano passado e a melhor cotação dos últimos três anos.
Nem a maior a oferta de gado confinado neste ano (950 mil cabeças), 19% maior em relação a de 1993, deve conter a alta de preços nesse momento, diz Nehmi.
Motivo: as geadas do final de junho anteciparam a entressafra. Hoje a oferta é pequena porque o gado confinado ainda não está pronto para o abate. O pecuarista que tem boi no pasto está segurando a venda na expectativa de obter melhor preço.
Mesmo com a perspectiva de alta, Manoel Henrique de Farias, presidente do Sindicato dos Varejistas, aposta no crescimento das vendas na próxima semana.

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