São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994 |
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Sono reforça memória, sugerem estudos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Dormir pode ser essencial para a memória e a capacidade de aprendizado, sugerem dois estudos publicados hoje na revista }Science.Pesquisas dos anos 70 já haviam mostrado que, privados de um tipo de sono, voluntários se lembravam com dificuldade de certos eventos. Hoje cientistas do Instituto Weizmann, em Israel, sugerem que o desempenho em tarefas aprendidas por repetição –como tocar um instrumento musical– é melhor após uma noite de sono. Os autores do estudo, Avi Karni e Dov Sagi, já haviam mostrado que indivíduos têm melhor desempenho no aprendizado de algumas tarefas através da repetição. Agora eles ensinaram a mesma tarefa visual a dois grupos de indivíduos que iam dormir. Alguns foram acordados 60 vezes por uma campainha durante a fase conhecida como sono de ondas lentas. Os outros foram acordados o mesmo número de vezes durante a fase de }movimento rápido dos olhos (REM). Os acordados durante a fase de ondas lentas se lembraram melhor da tarefa, enquanto os outros não manifestaram melhor memória. No outro estudo, da Universidade do Arizona (EUA), os pesquisadores descobriram que a atividade das células cerebrais de ratos durante o sono pode reforçar a memória espacial dos animais. Usando um sistema de eletrodos implantado no cérebro, eles já haviam descoberto que cada novo lugar explorado pelo rato põe em ação um conjunto específico de células cerebrais (neurônios). Agora eles descobriram que os neurônios dos ratos repetem na fase de ondas lentas do sono o padrão associado aos lugares explorados durante o dia, mas durante um período de tempo mais curto. Para haver consolidação da memória, precisa haver reativação do mesmo traço de memória, disse Bruce McNaughton, um dos autores do estudo. Texto Anterior: Governo reedita MP do real Índice |
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