São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994
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Igreja Católica sabatina presidenciáveis

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os candidatos do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, passaram a tarde de ontem se preparando para a sabatina da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), prevista para a partir das 21h.
A previsão era que fosse o primeiro encontro de todos os candidatos à Presidência.
O candidato do PL, Flávio Rocha, passou o dia assistindo a vídeos de debates realizados em 92 entre o atual presidente dos EUA, Bill Clinton, e o ex-presidente George Bush.
Segundo Rocha, com os vídeos é possível estudar as reações de candidatos frente à televisão.
Lula chegou a Brasília às 14h e, depois de dar entrevista à imprensa, foi para o apartamento do deputado José Cicote (PT-SP).
Na entrevista, Lula afirmou que esperava que o debate fosse usado pelos candidatos para "colocar de forma explícita" suas propostas de governo.
"Debate não é para candidato ficar fazendo gracinha", afirmou Lula. Um dos temas estudados por Lula foi a reforma agrária.
Já Fernando Henrique, que de manhã lançou as diretrizes de governo no Memorial Juscelino Kubitschek, passou a tarde em seu apartamento em Brasília.
Lá ele se reuniu com seus assessores para acertar os últimos detalhes do debate. Entre os assessores estava o coordenador do seu programa, Paulo Renato Souza.
O candidato do PDT, Leonel Brizola, chegou a Brasília às 17h10. Com o objetivo de se "aquecer" para o encontro à noite, ele participou de um seminário na Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil.
"Não me preparei para o debate, porque pretendo me colocar à vontade", disse ele.
Esperidião Amin, candidato do PPR, chegou a Brasília por volta das 19h. Segundo seus assessores, ele não fez nenhum preparo específico para o ato.
Durante o dia, Amin fez campanha de rua em São Paulo.
Enéas Carneiro, candidato do Prona, aterrissou em Brasília às 17h30. Seus assessores não informaram como ele se preparou.
O candidato do PSC, Hernani Fortuna, fez uma visita ao Congresso Nacional. A Folha não conseguiu localizar o candidato Walter Queiroz (PRN).
Orestes Quércia, do PMDB, chegou a Brasília por volta das 19h e segundo seus assessores não fez qualquer preparação especial para o debate.
Perguntadores
As perguntas da CNBB deveriam ser feitas por:
Dom Luciano Mendes de Almeida, 63, arcebispo de Mariana (SP) e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) desde 1987. Foi reeleito em 91 para o segundo mandato, que termina em 95.
Ernane Pinheiro, 55, padre, assessor da CNBB para Leigos e Área Política.
Dom Demétrio Valentini, 54, bispo responsável pelo Setor Pastoral Social da CNBB.
Paulo Lopes, 41, leigo, sociólogo do Ceris (Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais), do Rio de Janeiro.
Nilza do Socorro Ribeiro, 33, leiga, representante do Conselho Nacional de Leigos.
Ana Lúcia Florêncio, 53, freira, secretária da 2ª Semana Social Brasileira (encontro no qual as perguntas foram elaboradas).

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