São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994 |
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Fome chega a atingir 32%
CLAUDIO CSILLAG
As regiões mais ricas do país tiveram maior controle sobre as taxas de mortalidade infantil e desnutrição. Há municípios no Brasil, como Junco do Seridó, no sertão paraibano, que apresentam taxa de desnutrição duas vezes maior que a média do país. Crianças em Brejo dos Santos (PB) pesam oito a nove quilos menos e são 11 cm mais baixas que a média nacional. Mas o desempenho global foi positivo. Entre 1967 a 1982, o brasileiro cresceu em média 2,4 cm por ano, uma taxa comparável apenas à ocorrida no Japão a partir da década de 50. A esperança de vida continua a crescer. A maioria dos brasileiros nascidos na década de 40 morriam com pouco mais de 40 anos. Os que nasceram em 1991 provavelmente vão viver 25 anos a mais. Mas o ganho, embora significativo, não pode ser motivo de orgulho. Esperança de vida de 66 anos é relativamente baixa, quando comparada à de outros países (veja gráfico). A evolução da mortalidade materna também é preocupante. O índice está num patamar alto, cerca de cinco vezes superior ao norte-americano. A alta mortalidade materna ainda denuncia uma má qualidade de assistência médica antes, durante e após o parto, pois, de acordo com com pesquisadores do Nupens, é virtualmente impossível a uma gestante, no Estado de São Paulo, não fazer um acompanhamento médico.(CCs) Colaborou Agência Folha Texto Anterior: Muda o padrão das mortes no país Próximo Texto: Lula (PT) Índice |
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