São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994
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Veja onde há ofertas de apartamentos

CARMEN BARCELLOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As placas com ofertas de aluguel começam a reaparecer com mais frequência em imóveis residenciais de São Paulo.
Na semana passada, Imóveis percorreu ruas de bairros residenciais como Perdizes e Jardins (zona oeste), Santana (zona norte) e Moema (zona sul) e coletou 26 ofertas de apartamentos (veja quadro ao lado) para alugar.
A maioria (22) é de três e dois dormitórios. Para quem procura de um dormitório, a garipagem é mais difícil. Foram encontrados apenas dois na rua Oscar Freire (zona oeste).
Com os mesmos R$ 1.200 com que se aluga um único apartamento de três quartos em Moema ou Perdizes podem ser locados dois em Santana, onde os valores pedidos para este tipo de imóvel baixam até para R$ 500.
No caso dos de dois quartos, os preços se situam entre R$ 400 e R$ 800.
Em relação a julho do ano passado, segundo estudo do Datafolha, as médias dos preços dos aluguéis residenciais acumularam uma queda, em dólar, de até 28,5%, em Moema.
Em Campo Belo, Santo Amaro, Tatuapé e Higienópolis, a redução ficou entre 19% e 10%.
Na região central, houve aumentos de 17,2% em Santa Cecília, 13,2% na Boa Vista e 2,8% nos Jardins.
A redução não significa, no entanto, que os preços estão baixos. As próprias imobiliárias reconhecem que eles ainda acumulam uma "gordura" de até 20%.
Otimismo
Telma Souza, 34, gerente de locação da imobiliária Júlio Bogoricin, é mais otimista. "A partir de agosto, se a inflação se estabilizar, as ofertas devem melhorar e os preços cair em 10%", diz.
Ela afirma que levou um mês para conseguir inquilino para um apartamento de dois quartos no Paraíso (Jardins). "Este tipo de imóvel não fica parado por muitos dias. Mas o aluguel de R$ 650 assustou os locatários", diz.
Para Carlos Alário, 26, gerente da imobiliária Orban, pode haver intensificação da concessão de abonos –o locatário assina o contrato por um determinado valor e durante alguns meses paga um pouco menos. A prática é ilegal.
"A expectativa com relação à queda da inflação e o medo do reajuste anual ainda estão paralisando o mercado", afirma José Roberto Graiche, 42, presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condominíos de São Paulo).
Pesquisa da entidade mostra que em junho o número de ofertas caiu de 3.000 para 2.000 unidades.(CB)

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