São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mercado de outlets cresce em São Paulo
JULIANA RIBEIRO
São os outlets, modelos de shoppings de descontos, "importados" dos EUA, que oferecem pequenas lojas com preços de locação que custam a metade dos valores cobrados nos grandes shoppings centers. Até o final do ano, pelo menos três outlets devem ser lançados ou entrar em operação, como o Shopping D, na marginal Tietê (zona norte), com inaguração prevista para outubro. O Shopping D tem um investimento de US$ 70 milhões. Com 56 mil m2 de área construída, um terreno de 30 mil m2 o outlet terá 16 mil m2 de área para locação. São 323 lojas de 50 m2, das quais 290 serão lojas de fábricas, 13 de grandes operadoras, com o compromisso de venderem mais barato, e 20 de fast food. Segundo o diretor comercial da incorporadora e construtora Cyrela, Eduardo Coelho Pinto de Almeida, 58, o Shopping D vai oferecer a comodidade de um shopping comum, com a vantagem de proporcionar descontos de até 60% nas mercadorias. Para ele, o que possibilita essa margem de descontos, além da exclusão dos intermediadores, é o baixo preço dos condomínios, a metade do preço pago nos shoppings convencionais. O aluguel das lojas está estipulado em US$ 20 a US$ 27 o m2, enquanto nos shoppings convencionais esses valores são de US$ 50 a US$ 56 o m2. A única exceção é dos fast food, onde o aluguel das lojas tem valor igual ao dos shoppings comuns. Segundo Bernard Jean Kaplan, 65, responsável pelo planejamento do Shopping D, a rentabilidade prevista para os outlets é de 1% ao mês, a mesma dos shoppings. Segundo Kaplan, as "comodidadesdo outlet elevam o condomínio em apenas 4%". Para ele, o que possibilita preços baixos é o número de pessoas que compram e a rotatividade e giro de mercadorias. Outros dois empreendimentos estão previstos para outubro. O SP Market, na avenida das Nações Unidas, 2.540 (zona oeste), que terá 800 mil m2 de área construída, e o Vale Desconto Shopping, em São José dos Campos, km 154 da via Dutra (veja ao lado). Para Romeu Chap Chap, 60, presidente da Associação dos Shoppings Centers, a única diferença dos outlets nacionais com os dos EUA é a localização. "Lá os outlets ficam longe dos grandes centros comerciais, mas o acesso através das estradas é fácil, o que não acontece aqui", afirma. (Juliana Ribeiro) Texto Anterior: Serviço atende estrangeiros Próximo Texto: Alpargatas vira shopping Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |