São Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 1994
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Na pior ; O guarda-costas ; Divisor de águas ; Fatores diversos ; Mudança de rumo ; Fechando a porteira ; Companhias escolhidas ; De grão em grão ; Língua oficial ; Liquidez incômoda

DE GRÃO EM GRÃO

Na pior
Chamava a atenção, ontem, o abatimento do vice de FHC, Guilherme Palmeira, bombardeado por uma série de denúncias. Ficou no fundo dos palanques nos comícios, e evitou pronunciamentos.

O guarda-costas
Quando desembarcou do jatinho em Lages (SC), Guilherme Palmeira seguia FHC quando foi abordado por alguém do comitê de recepção. Queria saber se Palmeira era um segurança do candidato.

Divisor de águas
Com o crescimento de FHC nas pesquisas, a cúpula tucana preferiu deixar para a segunda quinzena de agosto qualquer mudança de estratégia. A decisão dependerá do resultado de uma pesquisa própria, a ser concluída no dia 10.

Fatores diversos
Com a pesquisa própria, os tucanos querem aferir o impacto sobre o eleitorado do primeiro salário pago em real, da entrada de Aloizio Mercadante na chapa de Lula e dos primeiros programas do horário eleitoral gratuito.
Mudança de rumo

Confirmada a tendência positiva para FHC, os tucanos podem antecipar a concentração da campanha nas grandes cidades. Os demais centros urbanos teriam comícios eletrônicos, com a projeção de vídeos do candidato em telões.

Fechando a porteira
A cúpula tucana está dividida sobre a necessidade de se negociar apoio político para FHC. Um grupo acha que, com o crescimento nas pesquisas, os apoios virão naturalmente. Outro, liderado por Pimenta da Veiga, aposta na costura.

Companhias escolhidas
Os tucanos que acreditam no apoio por inércia estão convencidos de que FHC transfere hoje muito mais votos do que qualquer candidato a governador. Daí, a propensão a uma seleção rigorosa nos futuros apoios eleitorais.

Não está na cogitação do comando do PSDB qualquer negociação com o PMDB, nem antes e nem depois do primeiro turno. Os tucanos preferem receber adesões individualizadas, como aconteceu na quinta com Nélson Jobim (RS).

Língua oficial
Num almoço em Buenos Aires, Ricupero resolveu agradar os argentinos. Disse que usa o italiano para falar com as damas, o francês para assuntos de Estado, e o castelhano para falar com Deus.

Liquidez incômoda
Chuvas torrenciais deixaram Ricupero ilhado ontem em uma estância a 100 km de Buenos Aires. Como não havia teto para helicóptero, o ministro enfrentou de carro 15 km de lama até o asfalto.

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