São Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 1994 |
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Ex-diretor do BC é assassinado no Rio
SILVIA NORONHA
Serrano foi baleado nas costas na portaria do prédio localizado na rua Carlos de Carvalho (centro). Ele foi deixar as amigas Cirlei Machado Bauchck Knob, 22, e Maria da Penha Corrêa, 20, às 2h30. Segundo Cirlei e Maria da Penha, o menor queria a chave do carro do ex-diretor do BC, um Versailles 93, que estava estacionado em frente ao prédio. Serrano pensou que fosse brincadeira, virou as costas e foi baleado à queima-roupa. Ele morreu ao chegar ao Hospital Souza Aguiar (centro). Serrano era economista e tinha um escritório de consultoria. Ele foi diretor do BC no governo João Figueiredo (1979-85) e era aposentado do Banco do Brasil. Na noite de sábado, ele saiu com as duas amigas que conheceu há três meses. Eles foram ao teatro e a um restaurante alemão, na Barra da Tijuca (zona sul). Depois de deixá-las em casa, Serrano iria para o seu apartamento, no Leblon (zona sul). Refém O motorista de táxi Edgar dos Santos disse em depoimento à polícia que assistiu o crime. O taxista afirmou ter sido feito de refém pelo menor e por mais dois homens, no final da noite de sábado. Santos afirmou ter sido obrigado a percorrer a cidade durante três horas, sob a mira de um revólver. Segundo ele, o grupo estaria à procura de carros para roubar. O motorista disse os três assaltantes o obrigaram a parar na rua Carlos de Carvalho para que tentassem roubar o carro do ex-diretor do BC. Após o crime, Santos teria levado o grupo até a rua Haddock Lobo (Tijuca, zona norte). No local, os três assaltantes teriam roubado um Voyage e fugido depois. O enterro de Serrano será às 11h00, no Cemitério São João Batista (Botafogo, zona sul). O ex-diretor do BC era divorciado e tinha quatro filhos. Texto Anterior: Mãos Limpas 'inspira' comissão Próximo Texto: CET monta esquema em cem escolas Índice |
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