São Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 1994
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Assistência à criança deve ser profissional

DA REPORTAGEM LOCAL

A profissionalização da assistência social é a principal preocupação do Instituto C&A de Desenvolvimento Social, que investe anualmente cerca de US$ 2 milhões em programas de ensino e proteção a crianças carentes.
"Não fazemos doações nem manutenção de creches. Buscamos apenas parcerias cujo resultado represente uma maior independência da entidade", disse Antonio Carlos Martinelli, do instituto.
A afirmação foi feita durante o debate "Responsabilidade Social: Compromisso e Prática", promovido pela Folha quinta-feira passada, em seu auditório. O evento faz parte da série "Meninos de Rua".
Martinelli argumentou que as creches têm estruturas próximas às de empresas e por isso devem buscar equilíbrio entre recursos e dívidas. "Elas têm "clientes, direção e recursos humanos", afirmou.
Observou ainda que o instituto, que começou há três anos realizando campanhas do agasalho, tem uma postura diferente da prática conhecida como assistencialismo.
Ele citou como exemplo o caso de creche de São Bernardo do Campo, que procurou o instituto a fim de obter recursos para consertar o telhado. "Constatamos que o plano pedagógico da creche era mais ou menos. Conseguimos uma educadora com plano adequado para desempenhar atividades lá, durante dez horas por dia. O problema não estava no telhado."
O debate contou com a participação de Brígida Sacramento Cordeiro dos Santos, da Associação de Proteção e Incentivo à Criança.
A associação atua como cooperativa e reúne 36 entidades, que trabalham com 5.300 crianças. A cooperativa faz reuniões mensais para trocar experiências.
O próximo debate da série "Meninos de Rua" será na quinta, dia 4, com a partipação de Raul Rosenthal, do American Express.

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