São Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 1994 |
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Montadoras diminuem preços para manter os níveis de vendas
ARTHUR PEREIRA FILHO
Apesar da parada nos negócios durante os dez primeiros dias do mês, as concessionárias esperam fechar julho com 90 mil automóveis vendidos. Isso significa queda de menos de 5% em relação ao total comercializado em junho (94.213) e quase 40% acima do vendido em julho do ano passado. "O mercado já voltou ao normal", garante Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Mas para atrair os consumidores e convencê-los a tirar o dinheiro das aplicações financeiras, as fábricas estão reduzindo seus preços. Desde sexta-feira, os carros da General Motors estão entre 3,3% e 11% mais baratos. A GM seguiu o exemplo da Volkswagen que, há 15 dias, cortou preços. Logus, Parati, Santana, Quantum e Saveiro ficaram de 3,5% e 9,1% mais baratos. Em junho, a Ford já havia reduzido os preços do Escort, Pampa, Verona e Versailles em 11,5%, na média. Somente a Fiat ainda não alterou sua tabela de preços. As concessionárias estão também mantendo os antigos descontos: eles variam entre 4% e 18% e podem ser obtidos na compra de quase todos os modelos. A redução de preços não atinge os carros "populares", que continuam sujeitos a lista de espera nas concessionárias e a cobrança de ágio (de 12% a 40%, dependendo do modelo) no mercado paralelo. Em julho devem ser produzidos 129 mil veículos. Em agosto, 145 mil unidades, informa Luiz Adelar Scheuer, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A decisão do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) de prorrogar até 31 de dezembro o acordo que reduz a alíquota do ICMS sobre a venda de veículos para 12% é outro motivo de tranquilidade para fábricas e revendas. Texto Anterior: Reajuste anual provoca queda da oferta Próximo Texto: Volks fatura 7% mais em julho Índice |
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