São Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 1994
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Embaixador Paulo Nogueira Batista morre aos 64 anos em São Paulo

DA REDAÇÃO

Embaixador Paulo Nogueira Batista morre aos 64 anos em São Paulo
O embaixador do Brasil na Aladi (Associação Latino-americana de Livre Comércio), Paulo Nogueira Batista, morreu ontem, em São Paulo, aos 64 anos.
Nogueira Batista teve um derrame cerebral ontem, ao acordar por volta das 7h, em sua casa no bairro de Higienopólis (zona oeste de São Paulo).
O enterro será hoje, às 12h30, no Cemitério do Morumbi.
O embaixador, que morava em Montevidéu (Uruguai), veio a São Paulo para participar de reuniões sobre o Mercosul na semana passada, segundo seu filho, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior.
Nogueira Batista foi o primeiro presidente da Nuclebrás. Neste cargo articulou o acordo nuclear entre Brasil e Alemanha. Ficou nesta posição do final de 1974 até 1983.
O embaixador saiu do governo por discordar da decisão do então presidente João Figueiredo de adiar a construção das usinas nucleares de Iguapé e de Angra 2 e 3.
Assumiu em seguida o cargo de embaixador do Brasil junto ao Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), onde ficou até 87.
Na ONU (Organização das Nações Unidas), presidiu o Conselho de Segurança entre 88 e 89.
Nesta época, o embaixador mediou a crise entre Irã e Iraque e foi considerado um dos principais responsáveis pelo fim do conflito no Oriente Médio.
Nogueira Batista iniciou a carreira diplomática em 1949. Pernambucano, o diplomata era formado em direito.
Ele era casado com a irmã do ex-ministro do Trabalho, João Pinheiro Neto, com quem teve quatro filhos.

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