São Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 1994
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Keanu Reeves retorna como um mero dublê de Stallone

NOELLY RUSSO
EDITORA DO FOLHATEEN

Que pena. Keanu Reeves agora é só mais um ator jovem e bonitão que faz papel de policial durão.
Em seu novo filme, "Velocidade Máxima" ("Speed"), que estréia dia 8 no Brasil, o ator inaugura sua fase de galã em filmes de aventura.
Menos um bom ator jovem no mundo. Quem o viu em "Garotos de Programa", "Ligações Perigosas", "Drácula" ou "Muito Barulho por Nada" tem vontade de chorar.
Reeves parece muito pouco à vontade na pele de um policial de Los Angeles perseguindo um bandido perito em explodir gente e carros.
Não que o filme seja chato. É só bobo. E Reeves ficou ainda mais bobo em seu arremedo de Sylvester Stallone.
Tomara que essa vontade de ser ator de filmes de aventura passe logo. E ele volte a atuar em filmes mais interessantes.
A idéia foi de seu empresário, que quer transformá-lo em uma mistura de sex symbol com herói. Só que atores com essa descrição já existem aos montes.
Reeves, com o falecido River Phoenix, era uma das melhores promessas para o cinema. Os dois foram responsáveis por um dos melhores filmes de 91, "Garotos de Programa".
Mesmo quando atuou em "Caçadores de Aventuras" (OK, também era filme de ação). Reeves estava menos estereotipado que no novo filme.
Se sucesso e grana era o que ele queria, já está conseguindo. Até a semana passada, "Velocidade Máxima" era a sexta bilheteria nos EUA e já tinha arrecadado US$ 100 milhões.

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