São Paulo, terça-feira, 2 de agosto de 1994 |
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Greve geral na Argentina protesta plano
DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES E DA REPORTAGEM LOCAL O presidente da Argentina, Carlos Menem, enfrenta hoje uma greve geral promovida por centrais sindicais que se opõem ao plano econômico. Na mesma semana, a Constituinte argentina deve votar se Menem pode ou não se candidatar à reeleiçãoO governo argentino declarou a ilegalidade do movimento, organizado pelo Movimento Trabalhista Argentina e Central dos Trabalhadores Argentinos. A CGT (Central Geral dos Trabalhadores), ligada ao governo Menem, afirma que a greve de hoje não será bem sucedida. A estratégia da CTA e do MTA é paralisar os transportes coletivos em todo o país, incluindo as Aerolineas Argentinas, caminhoneiros e o serviço ferroviário. A greve é em protesto aos preços altos e à defasagem salarial provocada pelo Plano Cavallo. O ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, que deixou Buenos Aires na noite de domingo, levou na mala uma suéter de lã comprada por US$ 60,00. Ele achou o preço barato em relação ao Brasil. O governo argentino ameaça os sindicatos que aderirem à greve com sanções. Apoio A CUT fará hoje manifestações em frente aos consulados e embaixada argentina no Brasil em apoio à greve geral no país vizinho. O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, participará de ato em São Paulo, a partir das 15h, na av. Paulista, e entregará uma carta ao consul-geral-adjunto Eduardo Azibalbi. "O Plano Real é bem parecido ao Cavallo no que diz respeito à redução no poder aquisitivo e do emprego", diz. Texto Anterior: Apoio a exportador afeta plano, diz Franco Próximo Texto: Ministro diz que reivindicação por salário em setembro não preocupa Índice |
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