São Paulo, terça-feira, 2 de agosto de 1994
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Covas avaliza tática adversária

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao final de um encontro com empresários do setor de transporte de cargas, em São Paulo, o candidato Mário Covas disse que também atacaria o líder nas pesquisas de opinião.
Segundo ele, é normal que os candidatos que estejam com índices baixos nas pesquisas passem para o ataque contra os primeiros colocados.
O tucano disse que pretende responder as críticas que lhe forem dirigidas. "Na hora em que elas se mostrarem a gente vê como vai responder", disse.
Covas afirmou que seu objetivo, no horário eleitoral, é traduzir sua proposta de governo ao eleitorado.
"Se precisar dizer algo a respeito de uma crítica eu vou fazer mas não tenho nisso o fundamental de minha campanha", afirmou.
Covas disse que não se preocupa em ganhar no primeiro turno.
Segundo ele, "quem entra numa campanha entra para ganhar. Se der para ganhar no primeiro turno, tudo bem. Se o povo entender que deve ser outro a gente respeita".
Covas acrescentou que não é possível prever, agora, o resultado das eleições. "Só dá para saber que as pesquisas são muito boas".
Estratégia
Ele negou que faça parte de sua estratégia de campanha deixar de participar de debates.
"Não é uma estratégia de campanha não participar de debates com os demais candidatos. Já confirmei presença em vários deles", disse.
Porém, Covas não compareceu ao primeiro debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, que ocorreu há uma semana. O debate foi promovido pela Rede Bandeirantes e realizado em Bauru, interior do Estado.
Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Covas lidera a disputa estadual com 50%. Os demais candidatos ficaram abaixo do índice de 10% de intenção de voto.
Com esse resultado, o candidato do PSDB seria eleito no primeiro turno das eleições.
Na pesquisa espontânea (sem apresentação de nomes) o índice de Covas cai para 10%.
O tucano tem ainda a seu favor o menor índice de rejeição (13%) entre os candidatos.

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