São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994
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Palmeira cede a pressão do PSDB e decide renunciar; escolha de novo vice divide frente

DA REDAÇÃO

O senador Guilherme Palmeira (PFL-AL) decidiu ontem renunciar à candidatura a vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. A Folha apurou que a renúncia foi uma exigência de FHC.
O tucano temia os mesmos desgastes que o episódio Bisol provocou na candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Palmeira admitiu, em entrevista à Folha, que renunciaria se avaliasse "que está prejudicando a candidatura".
É precisamente o que vem acontecendo. Há 27 dias o comando da campanha de FHC está mobilizado na defesa de Palmeira. A acusação mais grave que pesa contra o senador é a de integrar um esquema liderado pela empreiteira Sérvia para fraudar verbas do Orçamento da União (veja quadro).
A saída de Palmeira, se antecipa a resolução de uma crise, abre o flanco para dois outros conflitos. O primeiro entre o PFL e o PSDB, e o segundo nas próprias fileiras pefelistas.
Lideranças do PFL resistiam à substituição do vice. O PSDB, por sua vez, tem clara simpatia pelo deputado Roberto Magalhães (PE) para substituir Palmeira. Magalhães conta, no entanto, com os vetos do ex-governador baiano Antônio Carlos Magalhães e do presidente do partido, Jorge Bornhausen.
Podem ainda ser indicados o ex-governador de Santa Catarina Vílson Kleinubing, o senador Marco Maciel (PE) e o deputado José Múcio Monteiro (PE). A Palmeira, restava ontem, às 20h, apenas entregar a carta de renúncia.

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