São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994
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PRN expulsa Queiroz e fica sem candidato

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PRN não tem mais candidato para concorrer à Presidência da República. O partido expulsou ontem Walter Queiroz.
A decisão foi tomada pela Comissão Executiva Nacional do PRN, que comunicou a expulsão ontem mesmo ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No ofício enviado ao TSE, o partido pede também que o tribunal suspenda a participação de Walter Queiroz no horário gratuito eleitoral do rádio e TV.
Pelo artigo 15 da Lei Eleitoral (8.713/93), os partidos podem cancelar o registro de seus candidatos expulsos até a data da eleição.
A lei pede apenas que, no processo de expulsão, o candidato tenha "assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estautárias".
O PRN não comunicou como pretende substituir Queiroz.
Collor
O ex-presidente Fernando Collor participou ontem à noite no programa eleitoral gratuito do PRN de Pernambuco.
Foi seu primeiro pronunciamento público depois de ser afastado da Presidência da República, no final de 1992.
Collor leu uma carta escrita por ele no dia 31 de julho. Não foram exibidas imagens suas. O ex-presidente disse que há muito tempo desejava falar, mas que "circusntâncias cruéis" o impediram e ainda o impedem de fazê-lo.
"Só me resta então trazer-lhes estas palavras, palavras de alguém sofrido, machucado pela calúnia, atingido e humilhado pelas injustiças", declarou.
Collor disse que foi "arrancado" da Presidência por ter lutado pelos "descamisados e pés descalços". Responsabilizou os "mandarins do Estado", os "quinta-colunas" e as "mãos sujas dos transformistas éticos" por ter deixado o cargo.

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