São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994 |
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Taxa de analfabetismo diminui para 20%
CYNARA MENEZES ; MÔNICA IZAGUIRRE
Em 1980, 25,5% dos brasileiros acima dos 10 anos não sabiam ler e escrever. Mesmo sem os números do Pará, estima-se que o percentual de queda em todo o país foi de 22,51% na última década. A taxa caiu porque o nível de escolarização melhorou para os mais jovens e os analfabetos mais velhos morreram. Os dados confirmariam a tendência a diferenças em índices de analfabetismo entre jovens e velhos. No Sul, por exemplo, onde as taxas são baixas, há 3,8% de analfabetos entre 15 e 19 anos. Mas entre os que têm mais de 60 anos, a taxa sobe para 33,6%. O número de chefes de família alfabetizados cresceu. Enquanto no último censo a maioria era analfabeta ou não tinha completado o primário, hoje a maioria tem no mínimo o primário completo. No Nordeste, o número de analfabetos continua alto. Quase a metade dos chefes de família é analfabeta (46%) e apenas 18,4% possuem primário completo. É no Nordeste que estão os maiores índices de analfabetismo do país –37,54% da população. Estados como Alagoas, Piauí, Maranhão e Paraíba ainda têm mais de 40% de analfabetos, o dobro do índice nacional. Censo 80 Os números do censo divulgados ontem confirmam que o IBGE superestimou a população brasileira nas projeções feitas durante quase toda a década de 80. Projeção feita pelo IBGE no início da década passada chegou a apontar 6,4 milhões de brasileiros a mais do que o apurado agora. Em 1989, técnicos do Ipea (Instituto de Planejamento Econômico e Social) denunciaram que os números estavam superestimados porque o IBGE não estaria utilizando dados da Pesquisa Nacional para Amostras a Domicílio. Estas pesquisas, feitas pelo próprio IBGE, já apontavam queda na taxa de fecundidade nos anos 80. (Cynara Menezes e Mônica Izaguirre) Texto Anterior: São Paulo tem mais saneamento Próximo Texto: Cai migração para o Sudeste Índice |
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