São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994
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Assassino de Colosio pode ter sido pago, diz testemunha

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O homem que confessou ter atirado no candidato presidencial do México Luís Donaldo Colosio disse pouco antes do crime que ia fazer algo que entraria na história e lhe renderia muito dinheiro.
Maria Elena Lugo –colega do acusado– disse aos investigadores do assassinato ocorrido em 23 de março que Mario Aburto não explicou que ato iria cometer, mas que ela "veria na TV".
Colosio, candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI, governista) foi morto a tiros em Tijuana durante um comício.
Ele era o favorito para as eleições programadas para 21 de agosto. Foi substituído como candidato por Ernesto Zedillo, que chefiava sua campanha.
O fato de Aburto ter falado em receber dinheiro para matar Colosio reforça a tese de que ele não agiu por conta própria, como concluiu em julho o primeiro investigador do caso, Miguel de Montes.
Montes foi substituído e as investigações reiniciadas por ordem do presidente Carlos Salinas de Gortari em função dos protestos causados por sua conclusão.
Especula-se que Colosio tenha sido assassinado por traficantes de drogas ou membros do PRI de Tijuana, único Estado do país em que o partido não está no poder.

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