São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994 |
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Técnico aposta no controle emocional
EDGARD ALVES
"Há dias estamos pensando no Brasil e nos preparando", afirmou Sainz, 53, ex-jogador que passou os últimos 21 anos trabalhando como técnico nas equipes do Real Madrid e Juventud Badalona, destaques da liga espanhola. Ele assumiu a seleção em substituição a Antonio Diaz Miguel, que estava no cargo havia 27 anos. Nas entrevistas, Sainz faz questão de destacar que conhece bem o time brasileiro –tanto o conjunto atual como formações anteriores. Fã do cestinha brasileiro Oscar, 35, que está jogando em Valladolid, na Espanha, Sainz parece aliviado de saber que não terá o ala atacando sua equipe hoje. "É um jogador espetacular, continua firme. Quando eu dirigia o Real, em 86, tentei contratá-lo, mas não consegui", disse Sainz sobre Oscar, que já não tem mais lugar na seleção brasileira, que trilha o caminho da renovação. O técnico espanhol qualificou de "valente" a decisão de renovar a equipe, deixando de fora um jogador como Oscar. Embora tenha chamado novos jogadores para o time espanhol, Saiz disse que ainda aproveita a experiência de veteranos como San Epifanio, 35. "Na Espanha, os times podem contar com três estrangeiros e ainda naturalizam outros. Isso limita a revelação de jogadores locais. Eles acabam atuando pouco em seus clubes", declarou. Sainz disse que gosta do "jogo alegre e veloz" dos brasileiros. Destacou, em suas observações, a precisão de Paulinho e Fernando nos arremessos, a altura e rapidez dos pivôs Pipoca e Josuel e a "despreocupação psicológica" do time, que não tem medo de atacar. "Vamos reforçar o rebote, fazer uma defesa séria", disse, sobre o jogo contra o Brasil. Sainz lamentou apenas que o grupo de Brasil e Espanha seja o único do Mundial no qual praticamente só esteja em disputa uma vaga. Para ele, a outra vaga já é do "Dream Team 2", a seleção dos EUA.(EA) Texto Anterior: O JOGO DE HOJE Próximo Texto: Neto se apresenta e quer jogar na primeira partida do Brasileiro Índice |
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