São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994 |
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Grávida morre com tiro na nuca no PR
MÔNICA SANTANNA
Os corpos do relojoeiro Rogelino Tomé de Souza, 54, de sua mulher Perolina da Silva, 28, grávida de sete meses, e do jovem Lizandro Alves Lourenço, 16, foram encontrados no interior da relojoaria de Rogelino. O mecânico Martinho Balbino de Souza, 30, foi encontrado, ainda com vida, a 100 metros do estabelecimento. Ele morreu antes de receber atendimento médico. O delegado do município, José Sudário da Silva, abriu ontem inquérito policial para investigar o caso, mas ainda não tinha qualquer pista sobre a chacina. "Foi uma execução. Não parece ter sido assalto", afirmou o delegado. Segundo Sudário, o primeiro a ser encontrado foi o mecânico. Moradores chegaram a socorrer Balbino, mas ele morreu a caminho do hospital. Os outros três cadáveres foram descobertos duas horas depois, quando o irmão do mecânico, Milton de Souza, relatou ao delegado que seu irmão havia dito que iria à relojoaria para conversar com Rogelino. "Encontramos a porta dos fundos arrombada, tudo revirado e os corpos em posição fetal", afirmou o delegado. Segundo ele, isto indica que as vítimas teriam sido obrigadas a se ajoelhar para receber os tiros. Sudário da Silva disse que o relojoeiro Rogelino e sua mulher moravam no local há quatro anos e se relacionavam muito bem com a vizinhança. O delegado estranha, entretanto, que nenhum dos vizinhos da relojoaria tenha escutado os tiros ou visto qualquer pessoa deixando o local após a chacina. Segundo ele, apenas uma menina, cujo nome vem sendo mantido em sigilo pela polícia, teria afirmado que viu dois homens saindo da loja de Rogelino com um revólver na mão. "Essa garota não viu os rostos dos homens e nem sabe descrevê-los", afirmou o delegado. Texto Anterior: Cohab recebe reclamação Próximo Texto: Casal é preso por maltratar idosos em Mogi Índice |
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