São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994 |
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Preços diminuem 0,73% nos supermercados
MAURO ZAFALON
A primeira semana de agosto foi marcada pela desaceleração de 0,73% dos preços nos supermercados. Desde a chegada do real, no início de julho, a queda acumulada é de 4,93%. Nos hipermercados a queda neste início de mês é de 2,19%. Com isso, os preços praticados atualmente por esses estabelecimentos são 6,97% menores que os do final de junho. Os dados fazem parte de pesquisa do Datafolha em 12 supermercados e 12 hipermercados de São Paulo. A pesquisa engloba 96 itens e abrange os setores de alimentos, produtos de higiene e artigos de limpeza. O custo da cesta básica também continua caindo. Pesquisa do Procon, em convênio com o Dieese, registrou ontem custo de R$ 99,41, com queda de 2,47% na semana. Desde a implantação do real o custo da cesta já recuou 6,57%. A cesta básica do Datafolha, que inclui só alimentos, inclusive hortifrútis, teve redução de 0,41% na semana. Desde o início de julho a queda é de 3,63%. A Fipe divulgou ontem também a variação de preços de sua cesta básica em convênio com o Procon. Na última semana de julho a queda foi de 1,65%, mas o acumulado do mês teve alta de 6,13% devido ao efeito das recentes geadas sobre os produtos "in natura". Após a forte aceleração de preços nas últimas semanas do cruzeiro real, os consumidores se ausentaram das lojas. Para trazê-los de volta às compras o comércio começa a viver um período de promoções mais intensas. O Datafolha constatou que dos 96 itens incluídos em sua pesquisa desta semana, 80 deles estavam em promoção em pelo menos um dos supermercados. O arroz é um destes produtos. Romeu Fiod, analista de mercado, diz que se esperava maior consumo neste início de plano, o que não está ocorrendo. Com isso, os produtores começam a desovar seus estoques, aumentando a oferta do produto. Os supermercados, que não ganham mais com a ciranda financeira, preferem não fazer estoques. O preço do produto recuou 5,81% na semana. Fiod aponta ainda outro fator para a queda dos preços do arroz. O mercado da Grande São Paulo está abastecido atualmente com 35% de marcas alternativas, inclusive com arroz asiático. Antes, estas marcas representavam de 10% a 15%. Para fazer uma boa compra os paulistanos ainda têm de pesquisar muito os preços. A pesquisa do Datafolha mostra diferenças de até 351% de uma mesma marca em dois supermercados diferentes. Esta margem já chegou a 600% no início do plano. Texto Anterior: ARROZ Próximo Texto: Sunab também constata queda Índice |
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