São Paulo, sábado, 6 de agosto de 1994
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Williams do brasileiro era 'experimental'

DA REPORTAGEM LOCAL

O relatório divulgado ontem pelos diários franceses "L'Equipe" e "InfoMatin" aumentam as especulações divulgadas nos últimos meses pela imprensa mundial.
Para a maioria dos jornalistas especializados em Fórmula 1, a ruptura da barra da direção do Williams de Ayrton Senna é a causa maior da morte do piloto brasileiro no autódromo de Ímola.
A revista italiana "Autosprint", a primeira a levantar esta hipótese poucas semanas depois do acidente, ocorrido no dia 1º de maio, faz até uma campanha permanente pelo esclarecimento do caso.
Desde que publicou a matéria, todas as capas da revista, que é semanal, levam um selo com um esquema da barra de direção e a frase "Exigimos a verdade".
A ruptura da barra de direção é a hipótese mais forte. As outras, de que o carro teria saído de traseira por má calibragem dos pneus e pelas ondulações da pista ou de que Senna teria cometido um erro, já foram praticamente descartadas.
Só após a confirmação final de que ocorreu falha técnica que causou o acidente é que a Justiça italiana poderá decidir se vai responsabilizar criminalmente as partes envolvidas.
Frank Williams e Patrick Head, da equipe Williams, estão listados como suspeitos de homicídio, além de uma série de outros nomes menos famosos.
Até o GP de Ímola, quando Senna morreu, o carro estava numa fase experimental. Senna reclamava até do espaço do cockpit.
Tudo isso provocado por um adversário, o Benetton de Michael Schumacher, que poderia estar fazendo uso de recursos eletrônicos proibidos.

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