São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bornhausen tenta vincular sua candidatura em SC ao Plano Real

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL AO SUL

Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL e candidato ao governo catarinense, tenta colar-se ao Plano Real para sair do terceiro lugar em que está na mais recente pesquisa Datafolha.
"Santa Catarina precisa de um governador que seja amigo do presidente (FHC)", diz Bornhausen nos comícios, referindo-se, claro, a ele próprio.
Seu irmão mais velho, Paulo Konder Bornhausen, admite que as chances de Jorge dependem exatamente de colar-se ao real.
Ângela Amin (PPR), que lidera as pesquisas, demonstra saber disso e prepara o contra-veneno.
"O Jorge não participou (do Plano Real). Está apenas tentando capitalizar politicamente. Vamos mostrar isso e pode até ser contraproducente", diz a mulher do candidato presidencial Esperidião Amin, formada em Matemática.
Além do contra-veneno, Ângela apóia-se no eleitorado feminino, maioria nos seus atos públicos. Seu adesivo destaca as letras finais do prenome, o "ela".
Outra mulher na disputa majoritária, a petista Luci Choinacki, candidata ao Senado, fulmina Ângela indiretamente. "A questão da mulher, para mim, não é oportunismo. Tenho uma história nessa luta e no movimento social", diz.
Paulo Afonso Vieira, do PMDB, segundo nas pesquisas, não se preocupa com a hipótese de que Bornhausen suba a cavaleiro do Real. Acha que, se isso ocorrer, quem cairá será Ângela e não ele.
O quarto colocado, Nelson Wedekin (PDT-PSDB-PT), só tem uma ficha para apostar: "Mostrar a diferença com as demais candidaturas", como diz Choinacki, sua companheira de chapa.(CR)

Texto Anterior: Disputa de Álvaro Dias e Lerner gira em torno do palanque de FHC
Próximo Texto: Brizolismo vive ocaso na região Sul
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.