São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994 |
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Usiminas está entre as melhores do mundo
HÉLCIO ZOLINI
Os índices apresentados pela emprsa ao longo de sua história a colocam como uma das mais lucrativas do setor siderúrgico mundial, segundo avaliação de seu presidente, Rinaldo Campos Soares. Soares afirma que a privatização da siderúrgica foi fundamental para que a Usiminas continuasse assegurando uma posição de liderança no cenário industrial brasileiro. "Antes (da privatização), nosso negócio era restrito ao aço. A partir de 91, a empresa ganhou mais liberdade. Hoje, passado dois anos e meio, a Usiminas consolidou um sistema ímpar, de fazer inveja", afirma. Segundo ele, o "Sistema Usiminas" hoje é integrado por nove empresas controladas e coligadas (Cosipa, Fasal, Usimec, Siderar, Usimpex, Consul, Overseas, Fundação São Francisco Xavier, além da própria Usiminas). O grupo responde por um faturamento anual de US$ 3,8 bilhões (quase quatro vezes o custo de construção da usina nuclear de Angra 2) e gera 35 mil empregos diretos e 210 mil indiretos. Soares destaca que 93 foi o ano em que as mudanças que a empresa vinha promovendo desde a privatização geraram resultados. A Usiminas reduziu em 48% sua estrutura organizacional, diminuindo os cargos de chefia de 422 para 202. O enxugamento atingiu também o pessoal, que passou de 12.480 empregados em 91 para os atuais 10.695. Essas duas medidas permitiram que a produtividade passasse de 380 para 424 toneladas/homem/ano e que houvesse maior agilidade na tomada de decisões. No período, os dividendos pagos pela empresa foram de US$ 116 milhões. As ações tiveram valorização real (em dólar) de 405%. Na época da desestatização (31 de outubro de 1991), cada ação preferencial da siderúrgica foi vendida a US$ 0,21. Hoje, é negociada por cerca de US$ 1,06. Na área comercial, segundo Soares, a Usiminas ganhou mais flexibilidade, agilidade e rapidez. Isso proporcionou um aumento de 8,4% em suas vendas no mercado interno e garantiu uma participação de 41% nesse segmento. As exportações atingiram 45% da produção recorde de 4,2 milhões de toneladas de aço líquido. Os investimentos nos últimos cinco anos têm sido, em média, de US$ 100 milhões ano. Até o final de 94 deverão ser investidos US$ 160 milhões, cerca de 20% mais que o total aplicado em 93, em modernização e proteção ao meio ambiente. O faturamento da siderúrgica, de US$ 1,6 bilhão obtido em 93, também deve ser repetir neste ano. Texto Anterior: Wetzel volta para o azul Próximo Texto: Mauá vence crise do cimento Índice |
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