São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994
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Bebê teve cabeça degolada em Osasco

Caso aconteceu em 93, na Grande SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 9 de abril de 93, o bebê Jorge Luiz Agenor da Silva teve a cabeça separada do corpo quando era retirado da barriga da mãe.
O caso aconteceu no Hospital e Maternidade João Paulo 2º, em Osasco, na Grande São Paulo.
Os médicos não assinaram o atestado de óbito. O Instituto Médico Legal apontou como causa da morte "degola" causada por "agente cortante".
O obstetra Carlos Nakatsuka, chefe de plantão do hospital, negou. Afirmou que o bebê morreu por asfixia mecânica e não por degola.
Segundo ele, foi necessário cortar a cabeça para retirar o corpo com segurança através de cesariana, sem colocar em risco a vida da mãe, Maria das Dores Silva, então com 28 anos.
Disse que a criança tinha um peso acima do normal (5,1 quilos) e que a mãe era obesa, hipertensa e diabética.
Acrescentou ainda que Maria, ao chegar no hospital, já estava com a criança no canal de parto. Teria sido por essa razão que a equipe médica descartou a cesariana.
Logo depois do parto, Agenor da Silva, pai da criança, disse que houve preocupação do hospital em mostrar que o bebê estava vivo.
A criança recebeu registro no berçário, com a impressão de seus pés. O corpo teria sido apresentado ainda à mãe com a cabeça costurada.
O hospital negou-se a dar declaração de nascido vivo ao Instituto Médico Legal.

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