São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994
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Crise acelera reestruturação

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Sob ofensiva de concorrentes de menor porte que promovem uma guerra de preços no mercado de filmes, a Eastman Kodak, dos EUA, convocou o executivo norte-americano George Fisher para uma correção de rota.
Fisher, vindo da Motorola, assumiu a presidência do grupo em dezembro de 1993 com a determinação de comandante de transatlântico ameaçado por excesso de peso e prejuízo que montou a US$ 1 bilhão no período.
A exemplo de outros gigantes, a matriz da Kodak foi vitimada pela síndrome das aquisições. Somente na década passada anexou cerca de 50 empresas de diferentes setores.
Para aliviar o endividamento de US$ 7 bilhões, Fisher se desfez do laboratório Sterling. Também estão à venda a L&F (produtos de limpeza) e a divisão de diagnósticos clínicos.
Com essa providência e ordem de concentrar fogo no negócio principal –filmes e câmeras–, a receita deve cair de US$ 16 bilhões para US$ 12 bilhões.
"Estamos recém iniciando a reestruturação", diz Jerry Greene, 51, que há quatro anos preside a filial brasileira. "Fisher acha que as oportunidades no Brasil não estavam sendo aproveitadas".
Os ativos fixos (escritórios e instalações industriais em São José dos Campos (SP), Resende (RJ) e Manaus (AM)) estão sendo reavaliados. É provável que parte seja vendida.
Além disso, novas práticas de administração foram introduzidas, como a avaliação do desempenho de chefes por subordinados e a terceirização verticalizada.
Há dois meses, um fornecedor de frascos plásticos para produtos químicos instalou suas injetoras na fábrica da Kodak. Além de agilizar estoques, o sistema proporcionará economia de RS$ 120 mil anuais em transporte.(NB).

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