São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994 |
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Maciel constava em lista da Odebrecht
ELVIS CESAR BONASSA
Em um dos documentos do dissiê, intitulado "Notas para reunião de 28/09/93", Maciel é incluído numa lista, sob a seguinte classificação: "Amigos, que nos apóiam em CPIs, projetos, emendas etc, sem cobrar e esperam por apoio nas eleições". Na mesma lista estão, entre outros, o candidato do PL à Presidência, Flávio Rocha (RN), e o deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), relator da CPI. A CPI decidiu, em uma de suas reuniões administrativas, desconsiderar as informações que constam desse ponto do chamado dossiê Odebrecht. A decisão contou com a aprovação inclusive dos parlamentares petistas. Optou-se à época por investigar apenas os nomes de alguns parlamentares –aqueles que apareciam nos papéis da empreiteira associados a emendas para liberação de verbas orçamentárias. O documento que cita Maciel tem duas páginas. É uma definição de estratégias da empreiteira para apoiar candidatos nas eleições. O primeiro item aborda as eleições para governos estaduais. "Seremos forçados a participar em apoio a candidatos naqueles estados onde estamos trabalhando", observa o documento. Nesse item, aparece o nome de Miguel Arraes (PSB-PE). Segundo o documento, Arraes teria pedido um "apoio mensal" de US 30 mil. Esse ponto também não foi investigado pela CPI. O segundo item se refere a parlamentares "amigos". É onde aparecem Maciel, Rocha e Magalhães. Os documentos da Odebrecht foram apreendidos na casa de um dos diretores da empreiteiras, Aílton Reis. A operação foi conduzida pela Polícia Federal, acompanhada por membros da CPI. Texto Anterior: FHC e as netas do Juscelino! Próximo Texto: Senador nega envolvimento Índice |
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