São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994 |
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FHC assume crítica ao PFL
EMANUEL NERI
No jantar anteontem com 150 mulheres, no Rio, Ruth disse que o PFL mudou "não porque é bonzinho, mas porque perdeu poder". Para Ruth, os pefelistas "perceberam que não dava para fazer tudo na base da fisiologia". Em outra ocasião, Ruth insinuara uma reprovação política ao ex-governador baiano Antônio Carlos Magalhães. FHC disse que sua mulher deve ter "repetido" uma conversa a que ela "assistiu" no último domingo entre ele e "algumas pessoas" que jantaram em sua casa. "O que eu disse foi outra coisa, que ela deve ter repetido", afirmou. Segundo FHC, ele havia dito que o PFL "percebeu que a melhor maneira de mudar o Brasil é apoiar uma candiatura de fora". "Eles (os pefelistas) hoje têm menos poder do que tinham antes. Não tinham poder para lançar candidato. Isso é análise", disse. O candidato afirmou que esse tipo de crítica não prejudica sua relação com o PFL. "Se prejudica, foi eu quem disse, não foi ela". FHC não quis endosssar a crítica anterior de Ruth a ACM: "O PFL tem Antônio Carlos, mas tem Gustavo Krause (PFL-PE) e Reinhold Stephanes (ex-ministro)", dissera Ruth. Na época, FHC considerou a frase "infeliz" e pediu desculpas formais a ACM. Ontem, FHC reagiu a uma pergunta da Folha se também endossava a crítica anterior de sua mulher. "Olha a técnica dele (do repórter) de voltar ao mesmo assunto sempre para fazer onda". E acrescentou: "Essa técnica está batida e cansa o leitor". As declarações de Ruth têm preocupado o comando da campanha. Foi sugerido a ela que escrevesse um artigo na seção "Tendências/Debates", da Folha, para explicar melhor sua opinião. Foi citado como exemplo o caso da atriz e empresária Ruth Escobar que comparou Lula a um "encanador" e se desculpou em artigo. Texto Anterior: Tucano promete mínimo a R$ 140 Próximo Texto: ACM pede direito de resposta ao TSE Índice |
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