São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
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Dólar reage mesmo sem atuação do BC

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O dólar comercial parou de cair, sem a intervenção do Banco Central. Os bancos voltaram a comprar dólar, aguardando aumento mais expressivo na saída de dinheiro para o exterior e pagamento de eurobônus nos próximos dias.
O mercado futuro de dólar acompanhou o comportamento da moeda norte-americana e registrou alta nas cotações.
O Banco Central retirou ontem dinheiro do mercado financeiro através da colocação de títulos em leilão informal e as taxas de juros subiram. O BC interveio com a taxa média de 5,28% ao mês até o próximo dia 17. As taxas ficaram, em média, a 5,32% ao mês.
Os juros dos CDBs também subiram, o que significou maior cautela das instituições financeiras. O mercado trabalhava com deflação (queda de preços em agosto), mas está revendo as previsões.
As Bolsas de Valores estão refletindo a proximidade do vencimento do mercado de opções no próximo dia 15.
O volume de negócios nas Bolsas está elevado, por causa das operações de "box" de opções, que garantem juros nos fundos de carteira livre renda fixa.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,128% no último dia 5. Segundo a Andima, a taxa média do over foi de 5,32% ao mês, o que significou rentabilidade diária de 0,18%, projetando rendimento de 4,19% no mês. No mercado de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,33% ao mês, contra 5,31% ao mês no dia anterior.

CDB e caderneta
As cadernetas rendem 4,8417% no dia 11. As taxas dos CDBs para o prazo de 124 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 13% e 18% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 30 dias variaram entre 20% e 50,6% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,59% ao mês, contra 5,55% ao mês no dia anterior. Para 30 dias (capital de giro): as taxas ficaram entre 49,50% e 59% ao mês.

No exterior
Prime rate: 7,25%. Libor: 5,2500%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 45.132 pontos com baixa de 0,98% e volume financeiro de R$ 365,17 milhões, contra R$ 497,32 milhões no pregão anterior. Rio: baixa de 0,3% (I-Senn), fechando com 17.562 pontos e volume financeiro de R$ 62,647 milhões, contra R$ 34,812 milhões no pregão anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.766,76 pontos, contra 3.755,76 pontos no pregão anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.478,20 pontos, contra 2.474,10 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.770,25 pontos, contra 20.590,22 pontos no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,890 (compra) e R$ 0,892 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,889 (compra) e R$ 0,891 (venda). "Black": R$ 0,89 (compra) e R$ 0,91 (venda). "Black" cabo: R$ 0,90 (compra) e R$ 0,91 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,88 (compra) e R$ 0,91 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,83%, fechando a R$ 10,99 o grama na BM&F, movimentando 1,56 tonelada, contra 1,83 tonelada no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5390, contra US$ 1,5385 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5745 marco alemão, contra 1,5815 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 101,23 ienes, contra 100,43 no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 379,60, contra US$ 377,50 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,97% ao mês, a 3,44% para setembro e a 3,53% para outubro.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,916 para 31 de agosto, R$ 0,938 para 30 de setembro, R$ 0,965 para 31 de outubro e R$ 0,979 para 30 de novembro.
O índice Bovespa no mercado futuro foi cotado a 45.650 pontos para 17 de agosto com expectativa de valorização de 7,09%.
O índice Bovespa no mercado futuro para outubro fechou a 48.500 pontos com valorização de 5,03%.

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