São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
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Consumidor ajuda a conter alta da carne

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais seletivo quanto ao preço, o cliente está ajudando a frear os aumentos da carne bovina no varejo.
Entre os dias 1º de agosto e ontem, o preço do alcatra (carne de primeira) no açougue subiu 16,67%.
Já o do acém (carne de segunda) registrou alta de 8,82% nesse mesmo período, informa o Sindicato dos Varejistas de Carnes Frescas do Estado de São Paulo.
Segundo Manoel Henrique de Farias, presidente da entidade, os preços atuais da carne no açougue correspondem a R$ 24 por arroba de boi gordo (16 kg) pagos ao pecuarista.
Farias conta que os frigoríficos não conseguiram repassar para os açougues o preço de R$ 26 pago pela arroba ao produtor no último final de semana.
Motivo: o consumidor está levando para casa o produto mais barato e os frigoríficos só compram o que tem mercado garantido.
Por isso, poucas vendas foram fechadas por esse preço mais alto e os negócios refluíram no campo. A arroba de boi gordo voltou para o patamar de R$ 24. Para Farias houve uma "quebra na alta".
"Essa queda reflete o ajuste de preços às condições de mercado", diz. Ele aposta na estabilidade de preços no varejo até o dia 25 deste mês, quando o consumidor começa a receber o adiantamento do salário.
O final das férias e o pagamento dos salários aqueceram as vendas de carne na virada do mês, diz Farias. Mas, em sua opinião, ainda não dá para avaliar se está aumentando o consumo de uma forma generalizada.
A carne bovina enfrenta ainda a concorrência de frango e suínos, o que deve colaborar para manter seus preços estáveis mesmo na entressafra.

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