São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
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Fraudes em cartões de crédito se sofisticam

De posse apenas do número do cartão, é possível produzir uma falsificação sem que o viajante perceba o golpe
Do "Travel/The New York Times"
É cada dia mais comum encontrar um ou mais cartões de crédito no bolso de quem embarca para uma viagem internacional. Ao mesmo tempo, crescem os casos de furtos e fraudes.
A tecnologia tornou possível criar um cartão falsificado sem que o original jamais tenha deixado o bolso do proprietário. Tudo o que o ladrão precisa é o número. Ele é então reproduzido em uma tarja magnética e afixada a um cartão com o nome de um falso portador.
Isso significa que é possível haver furto sem que o titular do cartão esteja ciente. Esse tipo de situação é particularmente mais incômoda para quem está viajando.
Isto porque, depois de detectada a fraude –o MasterCard estima em dois dias–, novos débitos são bloqueados.
Um viajante pode ver-se impedido de alugar um carro, pagar um hotel ou comprar uma passagem com o cartão sem saber o motivo.
A seguir, algumas dicas preventivas para lidar com o problema:
Uma regra básica é jamais levar mais cartões que os necessários. Ruth Susswein, diretora-executiva da Bankcard Holders of America, uma associação sem fins lucrativos com 60 mil membros, diz que os americanos costumam carregar de oito a dez cartões de crédito.
"Não é preciso levar tantos numa só viagem", diz Susswein, recomendando que as pessoas levem um cartão bancário e um de crédito para um máximo de duas contas.
Os números dos cartões devem ser anotados junto ao nome do banco emitente e o telefone caso haja problemas (números para uso no exterior são diferentes dos números para o país de origem).
Uma cópia desta lista deve ser levada separada dos cartões; se duas pessoas estão viajando juntas, uma deve levar a lista da outra.
Por muito tempo, os portadores de cartões juntaram carbonos para não deixarem seus dados num cesto de lixo. Papel sem carbono é agora mais comum, mas ainda assim é preciso tomar cuidado com os recibos.
Os especialistas acautelam o turista quanto a colocação de número excessivo de informações em um mesmo registro. Os números dos cartões de crédito não devem ser escritos em cheques como meio de identificação.
Um lojista não deve receber informações como endereços, telefones e outros dados pessoais em caso de compras com cartão, a menos que haja necessidade legítima.
Tradução de Paulo Migliacci.

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