São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
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Caminhadas mostram o melhor de Mauá

LUCIANA VEIT
ENVIADA ESPECIAL A VISCONDE DE MAUÁ (RJ)

Um grupo de 31 pessoas, acompanhado de três guias, sai de São Paulo em direção a Visconde de Mauá, cidade serrana do Rio, para um fim-de-semana de caminhadas.
No roteiro, muitas trilhas e nada de comprinhas pela cidade ou de acordar tarde. Apesar de os passeios serem livres são poucos os que ficam na pousada.
O guia ecológico Ary Scapin Júnior, 32, diz que quem procura uma agência de ecoturismo geralmente sabe de sua condição física e está pronto para caminhar.
Mesmo assim, é pedida uma "auto-avaliação" no momento da inscrição. É quando fica-se sabendo da quilometragem, percurso e dificuldades.
Scarpin conta que já chegou a dissuadir uma pessoa que não tinha condição física adequada de fazer uma trilha pesada para Agulhas Negras.
Após uma viagem de seis horas, com parada em Resende para troca de ônibus, o grupo chega a Maromba, o último vilarejo de Mauá.
O largo da Maromba, uma pracinha circundada por pousadas, restaurantes, bares e vendinhas, fica cheia nos finais de semana. A maioria tem menos de 20 anos e um visual hippie.
Depois de algumas horas de sono o grupo se divide. Uns fazem o roteiro "light" –de manhã, um passeio para o vale das Cruzes e, à tarde, até a cachoeira de Santa Clara. Os que optam pelo "hard" têm pela frente fortes subidas até o pico Selado (1.600 m).
A maioria opta pela caminhada mais leve, que mesmo assim faz muita gente suar e ficar com a respiração ofegante. As pausas são sempre bem-vindas e esticadas ao máximo pelos viajantes.
Quando a trilha termina em uma cachoeira, a vontade de se refrescar é grande, mas no inverno torna-se uma aventura enfrentar as águas geladas de Mauá.
O engenheiro civil César Galdino, 34, aguentou bem o roteiro mais pesado. Ele diz que são muitas as paradas e há trechos planos.
Galdino, que costuma jogar tênis e futebol em São Paulo, diz que depois de um fim-de-semana caminhando ele se sente melhor.
Cleusa Alves dos Santos, 34, coordenadora de ensino, fez sua segunda viagem como ecoturista e, apesar de não praticar nenhum esporte, diz não ter se cansado.
Segundo Scarpin, quem faz uma viagem como essa acaba relaxando. "São pessoas que gostam de mato e que espairecem andando", diz o guia. Para Cleusa dos Santos, o melhor nestas viagens é que não são tão "quadradinhas", com horários rígidos e melhores hotéis.
Outra vantagem, afirma, é não precisar se preocupar com o roteiro e hospedagem.

LEIA MAIS
Sobre Visconde de Mauá na pág. 6-14.

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