São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994 |
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Brasil tem 32 mi de crianças pobres
FERNANDO PAULINO NETO
Em 1980, este número era de 30 milhões de pessoas e chegou a 32 milhões em 1991. Um crescimento de 6,7%. As informações são de Ana Lucia Saboia, do departamento de indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O instituto divulgou ontem, no Rio, os indicadores sociodemográficos de crianças e adolescentes pesquisadas no censo de 1991. Durante a divulgação, estiveram presentes o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Luciano Mendes de Almeida, e Herbert de Souza, o Betinho, coordenador da Ação da Cidadania Contra a Miséria e pela Vida. Segundo os dados do censo de 1991, em 1980 o país tinha 53,93 milhões de crianças e adolescentes. Este número passou para 59,93 milhões em 1991. Um crescimento de 11%. A cidade recorde é Santana dos Garrotes, na Paraíba, com 98,4% de crianças pobres, segundo os padrões do IBGE. A segunda cidade do país –entre as que têm mais de 1 milhão de habitantes– que tem mais crianças até 6 anos com os chefes de família ganhando até dois mínimos é Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, com 58,4%. Entre as maiores cidades, São Paulo é a que tem menor percentual de crianças pobres: 20,9% das crianças até 6 anos vivem em casas onde os chefes de família ganham até dois salários mínimos. Há municípios onde menos de 2% da população ganha mais de dois mínimos. É o caso de São João dos Tigres (Maranhão), Graça (Ceará), Icatu, Nina e Cajapió (Maranhão). Todos eles têm menos de 20 mil habitantes. O censo de 1991 também detectou que em 26 municípios do país menos de 3% das crianças vivem em domicílios que se encontram fora da situação de pobreza. Texto Anterior: EUA podem voltar a emitir vistos gratuitos ; Rua 24 horas será criada na Zona Franca ; Grupo 'uniformizado' assalta banco em SP ; Camelô é morto por cantar música sertaneja Próximo Texto: SP tem melhores condições Índice |
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