São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994
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Concertgebouw faz concerto ao ar livre

LUÍS ANTÔNIO GIRON
DA REPORTAGEM LOCAL

Em agosto e setembro se dá a alta temporada da música erudita em São Paulo. Os melhores concertos e recitais acontecem agora. Alguns espetáculos já têm ingressos esgotados, sobretudo os do Mozarteum Brasileiro e da Sociedade Cultura Artística.
A música histórica (para instrumentos originais) vem com força com quatro ótimos espetáculos.
Dias 29 e 30 de agosto, no teatro Cultura Artística, toca o grupo belga La Petite Bande, com regência do violinista belga Sigiswald Kuijken.
Dias 12 e 13 de setembro, no mesmo local, é a vez do grupo francês Les Arts Florissants. A Academy of Ancient Music de Londres participa da série Concertos Hebraica. Toca dia 18 de setembro no teatro Arthur Rubinstein.
O "ano histórico" termina em 20 de outubro, com o grupo italiano I Musici, pai da moda barroca, no Arthur Rubinstein.
Um concerto barato e de boa qualidade é o da Orquestra Nacional de Lille, regida por Jean-Claude Casadesus, no Municipal, dia 1º de setembro. A promoção dos patronos do teatro garante ingressos de R$ 5,00 a R$ 50,00. A mezzo-soprano convidada, Béatrice Uria-Monzon, protagoniza a rara "Les Nuits d'Eté", de Berlioz.
Em 18 e 20 de setembro, no Municipal, uma surpresa: o flautista francês Jean-Pierre Rampal faz recital, acompanhado pelo pianista norte-americano John Ritter. Rampal quer fazer desta sua última turnê pelo Brasil.
Mas o ponto culminante da temporada fica a cargo do Mozarteum. Será no domingo, 18 de setembro, com a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdã, uma das melhores do mundo.
O espetáculo gratuito será na Praça da Paz (Parque Ibirapuera), com regência do maestro italiano Riccardo Chailly e a presença do violinista russo Maxim Vengerov. No repertório, peças curtas de Beethoven, Richard Strauss, Bizet e Shostakóvitch. Na noite seguinte, a orquestra faz um concerto fechado no teatro Municipal.
Outro "hit" do Mozarteum é a Orquestra Sinfônica de Bamberg, em 17 e 18 de outubro, no Municipal. O regente Christoph Eschenbach promete uma noite máxima no segundo esptáculo. A orquestra vai executar as sinfonias nº 5, de Mahler, e nº 4, de Beethoven.

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