São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994
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Dois Pesos

BARBARA GANCIA

"Gostaria de entender a lógica que você usa nas suas respostas aos leitores. Os simples mortais são avacalhados, mas os colunáveis e os artistas recebem a paulada amortizada. Se for proposital, peço desculpas pela minha ignorância, caso contrário, trata-se de uma bela sacanagem, você não acha?"
"Mariposa Apaixonada de Guadalupe", Santo André, S.P.

–Simples Mortal,
De fato, a vida é injusta. Mas, veja: você não é colunável, não é artista e, mesmo assim, publico sua cartinha de bom grado. E ainda me dou ao trabalho de reescrevê-la parcialmente, uma vez que o fax que você me enviou estava muito mal redigido. Está vendo como sou equânime?

Cachorrada
"Adoro passear com minha vira-latas pelo condomínio onde moro, no Embu. Toda vez que saio de casa, porém, os boxers do vizinho atacam minha cachorra. Já pedi ao tal vizinho, educadamente, que tomasse providências, mas ele se negou. Não sou de acionar síndico ou de protocolar reclamações. O que faço: desisto de meus passeios matinais ou quebro o pau com o vizinho?"
Renata Ribeiro, S.P.

–Dear Miss Brooks,
Que babaquice é essa de dizer que você não é de acionar síndico ou de protocolar reclamações? O que você está esperando? Que sua tomba-latas seja devorada pelos pitt-bull terriers em pele de boxer? É por atitudes submissas como essa que o Brasil está entrando no Quarto Mundo pela porta dos fundos. Reaja, mulher! Chame a polícia!

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