São Paulo, terça-feira, 16 de agosto de 1994 |
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Inativo consome 60% da folha
GILBERTO DIMENSTEIN ; VIVALDO DE SOUSA
GILBERTO DIMENSTEIN Diretor da Sucursal de Brasília VIVALDO DE SOUSA O pagamento das aposentadorias e pensões militares já compromete 60% da folha de pagamentos das Forças Armadas. O valor médio dos benefícios é de R$ 680,00. Em 1993, as despesas com pensões e aposentadorias militares ficaram em R$ 2,7 bilhões, contra R$ 1,8 bilhão de despesas dos militares na ativa. A tendência de aumento nas aposentadorias dos militares é crescente, acompanhando o movimento em todo o funcionalismo público, inclusive estadual e municipal. Entre 1989 e 1993, o total de servidores públicos federais inativos passou de 215 mil para 307 mil –um acréscimo de 43%. Segundo estimativas do Ministério da Previdência Social, as aposentadorias e pensões neste ano vão significar um gasto de R$ 9 bilhões. Mas o caso dos militares é o único em que os gastos com inativos superam aqueles com quem ainda não se aposentou. Em média, as despesas com inativos da União, incluindo Executivo, Legislativo e Judiciário, representam 40% dos gastos com pessoal. Assim como os servidores públicos federais, os militares sobem um nível na carreira quando vão para a reserva, como é chamada a aposentadoria militar. Apesar de ficarem acima do valor médio de R$ 136,06 pago aos segurados urbanos do INSS, os benefícios dos militares inativos estão abaixo da média paga aos inativos do Judiciário (R$ 2.371,31) e Legislativo (R$ 2.345,40). As aposentadorias dos servidores públicos têm valores altos porque eles podem ser aposentar com valor integral. A média no Legislativo e Judiciário é maior que no Executivo (R$ 349,87) porque naqueles dois poderes, os salários pagos são maiores. Dados da SAF (Secretaria da Administração Federal) mostram que 48,2% dos servidores públicos na ativa têm entre 35 e 50 anos –ou seja, estão próximos da aposentadoria. Texto Anterior: Evento debate a integração econômica Próximo Texto: Governo adia MP da isonomia Índice |
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