São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 1994
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Estado testa alimentícios supostamente contaminados

DA REPORTAGEM LOCAL

O Centro de Vigilância Sanitária Estadual e o SIF (Serviço de Inspeção Federal) começam hoje a colher novas amostras, em todo o Estado, dos produtos considerados "contaminados" pela Secretaria Municipal do Abastecimento.
Serão colhidas três amostras diferentes do mesmo produto, retirado do mesmo lote. A Vigilância desconsidera os exames feitos pela prefeitura, que teriam constatado 71 produtos com problemas de contaminação.
Duas amostras serão encaminhadas para análise do Instituto Adolfo Lutz, a terceira amostra ficará com o estabelecimento comercial de onde foi coletada.
Os resultados serão divulgados pelo Instituto Adolfo Lutz em um prazo de 15 a 20 dias.
A partir de então, o detentor do produto (mercado ou produtor) terá dez dias para pedir a contraprova –análise da terceira amostra coletada– para evitar dúvidas no resultado.
Se a contaminação for confirmada, será proibida a comercialização dos produtos e os fabricantes deverão responder a inquérito policial e civil (leia texto ao lado).
Segundo o diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Vicente Mandia, a venda dos produtos continuará sendo permitida até a confirmação da contaminação.
Para Mandia, as amostras colhidas pela prefeitura não têm valor legal porque não foram colhidas em três partes. Além disso, de acordo com a lei, após colher a amostra, deve-se divulgar o resultado em 30 dias, garantindo mais dez dias para defesa do envolvido.
Alguns laudos da prefeitura são de 1993 e as empresas até ontem não haviam sido notificadas.
Mandia garantiu ontem que, com as análises do Adolfo Lutz, será possível detectar onde ocorreu a contaminação, se na indústria ou nos mercados.
"Nossos técnicos já concluíram que 70% das contaminações são consequência de mau armazenamento nos pontos de venda."

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