São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 1994
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Cinema e TV apresentam viagens virtuais

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem nunca viajou pelas telas do cinema ou da TV? Afinal, esse é o tipo de viagem que se faz sem preocupações com bagagens volumosas, motoristas desonestos e vistos difíceis de conseguir.
O ator Arnold Schwarzenegger experimentou uma viagem virtual em "Vingador do Futuro" ("Total Recall") e não se deu bem.
Uma das cenas iniciais mostra o ator numa poltrona sendo anestesiado para suportar o implante de viagem imaginária no cérebro.
O sofrimento de Schwarzenegger não desestimulou alguns cineastas brasileiros que, acomodados nas poltronas do cinema, se transportaram para a Europa, África e até para o espaço sideral.
Alguns desses diretores chegaram a realizar efetivamente suas viagens imaginárias. Outros aguardam a oportunidade de conferir ao vivo os cenários deslumbrantes que viram nas telas.
Todos eles sabem que boa parte desses cenários são pura ilusão. Os cipós em que o "tarzã" Johnny Weissmuller se transportava estavam pendurados em qualquer coisa, menos em árvores africanas.
A capital francesa, que aparece exuberante no musical "Sinfonia de Paris", foi toda montada em um estúdio de Los Angeles.
Na tela pequena, a chegada das TVs por assinatura fez a oferta de programas turísticos triplicar. Hoje, o turista caseiro pode embarcar em viagens virtuais desde oito minutos até uma hora.
Exceção feita a Bandeirantes e Record, as demais emissoras com sinal aberto ainda não acordaram para o filão rentável que é esse tipo de programa.
Estão perdendo tempo. Em uma pesquisa feita entre seus assinantes em novembro de 93, a Globosat constatou que 49,5% deles preferiam os programas turísticos veiculados pelo canal GNT entre tudo o mais que era oferecido por esse e mais 23 canais.

LEIA MAIS
Sobre o turismo nas telas nas páginas 6-12 a 6-14.

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