São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Decretada prisão de dirigentes de escolas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O juiz Rômulo de Araújo Mendes, da 6ª Vara Criminal, decretou ontem a prisão preventiva de Roberto Dornas, presidente da Confenen (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino do DF) e de Atef Aissami, presidente do Sinepe (Sindicato das Escolas Particulares).A Promotoria de Defesa do Consumidor havia pedido a prisão dos dirigentes na semana passada. O promotor Antônio Ezequiel de Araújo Neto acusou os dois de incitar os donos de escolas particulares a desrespeitar a Medida Provisória 575. A MP, reeditada no início do mês, estabelece regras de conversão das mensalidades de URV para real. A Polícia Civil foi encarregada de prender Dornas e Aissami. Procurados pela Folha, os dirigentes não foram encontrados. A assessoria da Confenen disse que Dornas viajou para Belo Horizonte para visitar parentes. Aissami não foi localizado nem no Sinepe nem em sua residência. Dornas passou o dia de anteontem reunido em Brasília com a direção da Confenen. Eles discutiram (sem chegar a uma conclusão) se deveriam ou não recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a MP das mensalidades. O Sinepe não descarta a possibilidade de nova paralisação em protesto contra a decisão da Justiça. Na segunda-feira, as 128 escolas particulares do DF fizeram locaute sob orientação do sindicato. Em assembléia realizado no mesmo dia, os donos de escolas resolveram retomar as atividades. O fim do locaute se deu porque o governo aplicou medida preventiva da Lei Antitruste. A medida obrigava o retorno imediato às aulas sob pena de cada escola ter que pagar multa diária de 50 mil UFIRs (R$ 29,5 mil) por dia de paralisação. Texto Anterior: Bombeamento para Billings mata 2,5 t de peixes Próximo Texto: Fleury adia projeto das escolas padrão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |