São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
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No Rio, petistas pedem agressividade a Bittar

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Parte do PT fluminense cobra do candidato ao governo, Jorge Bittar, mais agressividade na campanha eleitoral para reforçar a candidatura de Lula e tentar chegar ao segundo turno da disputa estadual.
Segundo Datafolha, Bittar é o terceiro colocado na preferência dos eleitores com 13% das intenções de voto.
A coordenação da campanha nega que haja insatisfações ou divergências, mas nos bastidores há um consenso: "com Vladimir seria diferente..."
"Vladimir" é o deputado federal Vladimir Palmeira, que disputou com Bittar a indicação para governador. E se Palmeira é de um dos grupos mais à esquerda do partido, Bittar é considerado "moderado" dentro do PT.
Na semana passada, uma plenária dos partidos que apóiam Bittar (PSB, PPS, PSTU, PCB, PC do B, PV) exigiu que ele fosse mais efetivo nos ataques a Anthony Garotinho (PDT) e Marcello Alencar (PSDB).
A militância cobrou até que Bittar usasse o broche com a estrelinha do PT. A estrelinha voltou à lapela do candidato, nos programas de televisão, desde domingo.
O programa de TV trouxe outras mudanças: planos mais fechados, que deixam o candidato falando mais perto do espectador. O discurso saiu da fase de explicação das propostas de governo.
O responsável pela propaganda de Bittar na TV, Hayle Gadelha, diz que a primeira fase da campanha não foi bem assimilada pelo público. "Estava muito professoral. Agora teremos um discurso mais político", afirmou.
O coordenador da campanha de Lula no Rio, Alberto Bastos, nega que tenha havido uma orientação específica para "esquentar" a campanha no Estado. "É a orientação nacional. Lula tem que polarizar com FHC, e Bittar fará isso".

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