São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
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Veja como dificultar o roubo do seu carro

DA REPORTAGEM LOCAL

O uso de alarmes antifurto, travas e alguns cuidados simples na hora de estacionar dificultam e inibem a ação dos ladrões de carros.
O delegado Manoel Camassa, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de São Paulo, recomenda o uso de alarmes e travas.
"Esses dispositivos muitas vezes surtem efeito, além de funcionar como inibidores. Se houver dois carros, e um deles estiver com um equipamento visível, é claro que o ladrão vai preferir levar o outro", explica Camassa.
Ele mesmo usava uma corrente no volante de seu carro. Agora só utiliza um alarme corta-combustível. "Além do seguro, é claro".
Até mesmo as seguradoras aprovam esses equipamentos de segurança. Boa parte das seguradoras dá desconto de até 40% para quem instalar determinados dispositivos antifurto.
Henrique Saraiva, diretor da Fenaseg (que reúne as seguradoras do país), aconselha o uso de "dispositivos ostensivos" (visíveis pelo ladrão), como as travas de câmbio.
Ele considera o seguro fundamental. "Em caso de assalto, não dá para reagir. É melhor perder o carro do que arriscar a vida".
Nem tudo, porém, depende do dispositivo antifurto. Um pouco de cautela, como não parar em lugares escuros e desertos ou não estacionar na rua, ajuda a evitar o roubo –com uso de ameaça ou força– ou furto –sem ameaça (veja dicas no quadro ao lado).
Estatísticas
Foram roubados ou furtados no Brasil, no ano passado, cerca de 200 mil veículos, o que dá uma média de quase um carro a cada três minutos.
Só no Estado de São Paulo foram 9.428 carros em julho, dos quais 46,3% foram recuperados (4.370), informa Camassa. Em junho, 6.928 veículos sumiram, sendo recuperados 51,7% (3.588).
O roubo/furto em julho foi 36% mais frequente que em junho.
Camassa aponta o VW Gol como o carro mais roubado/furtado.
"Tempra (Fiat) e Omega (GM) têm sido os mais visados agora, por serem mais rentáveis na hora de revender."
O Tempra e alguns importados, como o BMW, oferecem maior dificuldade para a ligação direta.
"Como neles é mais difícil 'fazer contato' (ligar a ignição sem chave), os ladrões estão partindo para o assalto", diz Camassa.

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