São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 1994 |
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Brizola elogia ditadura de Vargas durante homenagem em São Borja
FERNANDO MOLICA
"Às vezes nós pensamos: bendita ditadura", disse Brizola diante do túmulo de Vargas, homenageado pela passagem, ontem, do 40º aniversário do suicídio do então presidente da República. Segundo Brizola, Vargas utilizou o poder durante a ditadura para proporcionar a a "libertação do povo trabalhador". Implantado em 1937 com base em uma Constituição inspirada na Carta adotada pelo regime fascista italiano, o Estado Novo só foi derrubado em 1945. Em seu discurso, Brizola afirmou que Vargas "fez muito bem em ter assumido aquele poder discricionário". Para Brizola, o Estado Novo seria criado de qualuqer forma –"com, sem ou até mesmo contra Getúlio Vargas". Tortura Mais tarde, o pedetista admitiu a ocorrência de torturas, de prisões irregulares e de banimentos durante o Estado Novo. Ele afirmou, porém, que Vargas "não tinha conhecimento a fundo do que se passava". Segundo ele, o controle dos órgãos de segurança era exercido pelos militares. Brizola afirmou que Vargas "amenizou" a ditadura e disse que ele era "justo, bom e generoso". Ao chegar a São Borja (a terra natal de Vargas), Brizola comparou a situação atual do Brasil à descrita por Getúlio em sua carta-testamento. Ele citou especificamente o trecho inicial da carta, no qual Vargas dizia que, mais uma vez, as "forças contra o povo" haviam se coordenado contra ele. Texto Anterior: Aderir é mais gostoso! Próximo Texto: Justiça quer que ministros de Itamar expliquem uso da máquina pró-FHC Índice |
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