São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 1994
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Brasil critica políticas mundiais contra fome

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

Os países do Terceiro Mundo que receberão ajuda das Nações Unidas a partir de 95 para combater a fome atacaram ontem, em Nova York, as políticas do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial para o setor.
A crítica saiu de encontro paralelo à 2ª reunião preparatória para a Conferência Mundial de Desenvolvimento Social, marcada para março de 95 na Dinamarca.
Brasil, Equador, Peru, Malásia, Filipinas, Uganda e Gana afirmaram que as políticas internacionais do FMI, com programas de estabilização "a todo custo", têm aprofundado ainda mais a miséria.
O sociólogo brasileiro Herbert de Souza, 58, o Betinho, coordenador da Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, disse que o aumento da miséria em vários países, inclusive nos desenvolvidos, é um "atestado" de que tais políticas devem ser revistas.
Ontem, Betinho, recebeu do diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Jim Grant, uma condecoração por sua campanha e a missão de construir um mapa nacional da desnutrição infantil no Brasil.

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