São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994 |
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Fatiando a pizza; Vai custar caro; Rolo compressor; Tarefa ingrata; Seis por meia dúzia; Estratégia definida; Mistério; Enquanto é tempo; Convicção plena; Olho vivo Fatiando a pizza Após levantamentos nos Estados, o Diap –assessoria sindical– projetou o máximo e o mínimo de deputados que cada partido vai eleger em 3 de outubro. O PMDB deve continuar a maior bancada: de 85 a 100 deputados. Vai custar caro PSDB, PFL e PTB devem somar no máximo 180 deputados, diz o Diap. Para obter o quórum de 3/5 da revisão da Carta –308 deputados–, um eventual governo FHC precisaria atrair quase todo o PMDB (100) e o PP (35). Rolo compressor No levantamento do Diap, nem toda a "esquerda" somada conseguiria bloquear emendas à Constituição. Com no máximo 151 votos, o bloco precisaria cooptar outros 55 deputados para superar 2/5 do plenário de 513 deputados. Tarefa ingrata Num eventual governo Lula, o bloco de "esquerda" precisaria de mais 106 deputados dos partidos de "centro" e "direita" para alcançar 257 votos –a maioria simples necessária para aprovar projetos de lei e medidas provisórias. Seis por meia dúzia Outra conclusão do Diap é que, apesar de um percentual grande de deputados que não conseguirão se reeleger, não haverá propriamente uma renovação. Muitos ex-deputados devem retornar à Câmara. Estratégia definida Sem admitir em público que já pensam no governo, aliados de FHC lembram a máxima de Maquiavel: "Dividir para reinar". Eleito, FHC convidaria membros da oposição para seu ministério. Mistério Nas estatísticas divulgadas pelo TSE, as porcentagens de eleitores do Rio e do Espírito Santo nos oito graus de escolaridade –de analfabeto a superior completo– são idênticas. Detalhe: são iguais até duas casas depois da vírgula. Enquanto é tempo Com uma inflação acima da esperada em agosto e fortes mobilizações sindicais para repor perdas salariais, começa a se cristalizar nas forças que apóiam FHC a idéia de que não seria só desejável, mas necessário vencer já no 1º turno. Convicção plena O comando tucano entende que a perspectiva de vitória de FHC no primeiro turno não corre risco de ser abalada por fatos econômicos. O Real não trará surpresas até 3 de outubro. Para alterar o quadro só um escândalo de boas proporções. Olho vivo Está na mesa do corregedor eleitoral Flaquer Scartezzini um pedido de adversários de FHC para que seja impedida a transmissão, na terça, do programa de TV "Cara a Cara" que entrevista Ruth Cardoso, mulher do tucano. Próximo Texto: Mais uma; Roupa nova; Caixa baixo; Dando uma força; Antenado; Hora da cizânia; Exclusão prévia Índice |
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