São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994
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Joint ventures lideram negócios

DA REPORTAGEM LOCAL

A esmagadora maioria (entre 85% e 91%) dos negócios realizados nos últimos dois e meio foram de joint ventures (20% a 24%) e de aquisições (de 66% a 67%).
O sócio-diretor da KPMG aponta o setor de alimentos como um daqueles em que as fusões e aquisições estão bastante aquecidas, com multinacionais como Nestlé, Gessy Lever, Danone (BSN), Parmalat, Phillip Morris e Nabisco (Fleishmann Royal) destacando-se entre os compradores.
Bunce aponta quatro principais fatores que levam as companhias às aquisições e joint ventures:
1- Razões estratégicas: empresas interessadas em agregar um ou mais produtos afins no ramo em que atuam e que tenham sinergia com seus canais de distribuição e estrutura administrativa, viabilizando a ampliação do faturamento sem aumento de custos na mesma proporção.
2- Mercosul: as mudanças estruturais dos mercados, decorrentes da formação de blocos econômicos, afirma Bunce, também estimulam empresas brasileiras a buscarem oportunidades de aquisição e associação em outros países.
3- Tecnologia: "com a nova Lei de Informática, que extinguiu a reserva de mercado, as empresas brasileiras do setor estão com um déficit tecnológico muito grande e, para sobreviverem, buscam associações no exterior", diz Bunce.
4- Rearranjo mundial: desde a segunda metade da década de 80, os grandes conglomerados econômicos estão concentrando o foco nas atividades principais e, mais do que isso, desdobrando-se em duas ou mais empresas. Assim, vendem as atividades secundárias.
Bunce cita o exemplo da BAT (British American Tobacco), matriz da Souza Cruz, que definiu o tabaco e seguros como atividades principais e está vendendo as demais, como agência de viagens.

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